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Estou vivo, mas não tenho corpo, por isso é que eu não tenho forma, peso eu também não tenho, não tenho cor. Quando sou fraco me chamo brisa. (OAr -- Vinícius de Moraes).Sabemos que ele, o vento, está lá a nos cercar o tempo todo, ainda que escondido entre as folhas paradas das árvores, justamente quando suplicamos uma lufada que nos preencha os espaços quentes de um dia de mormaço. 

Que venha uma brisa e nos refresque, nos invada e toque nosso corpo regulando o que tem dentro com o que tem fora, no calor e no frio. E depois de sua passagem, fique um riso bobo em agradecimento. Explicar a brisa num conceito de dicionário é o mesmo que deixa-lo escapar. O sem corpo, sem forma, sem peso e sem cor de Vinícius de Moraes já diz que é um vento fraco. É de se contentar com isso. Um vento próximo da superfície do mar também é uma brisa. A brisa é um vento passeante, pensamos assim. 

Quando pensamos em fazer um videodança com esta provocação (a brisa), lembramo-nos imediatamente de nossos terreiros de infância, onde a brisa sempre visitava anunciando a tarde ou uma chuvinha. Foi o primeiro derramamento dentro de nossos corpos para o movimento, que foi surgindo numa artesania de emoções fluidas, que ora paravam, se repetiam, se esvaiam. Refrescava e acalorava.

Foi onde a brisa se fez texto corporal para a carnificação do pensamento. A brisa é de dentro, é de fora e é também um mar de quietude que podemos agitar na continência dos nossos corpos que querem apreender, sem resistir, aos mistérios que sustentam o vôo parado do beija-flor, a queda do corpo e da pluma num só momento. A brisa não se transmuta, ela apenas permite que a usemos em espaços de tempo, quando ela, preguiçosa, não o faz sozinha. 

Os corpos que se movem são aqueles em diálogo constante com as mesmas forças que nos sustentam numa direção ou correndo contra a brisa/vento. Empurra e atrita, como na composição de Siba, quando diz que "a brisa por ser carinhosa, é quem mais tem castigado", impulsionando num fluxo de vida "para os balés na tormenta". (Brisa -- Cd Avante/2012)

 

Este vídeo esteve em:

I Mostra Internacional de Dança Imagens em Movimento a Céu Aberto de Ribeirão Preto - Mostra Principal (Ribeirão Preto-SP 2014)
Cult Dance - Dança para Tela (Brasília – DF 2014)
Festival de Videodança de São Carlos (SP - 2013)

 

 

Ficha Técnica:

Brisa/2013

Intérpretes Criadoras: Renata Daibes e Vanessa Hassegawa

Direção Artística e Movimento: Fredyson Cunha

Figurino: Acervo Las Caboclas

Fotos: Marcus Correa e Fred Linardi

Produção: Coletivo Las Caboclas

Direção de Vídeo: Ruy Lessa e Gabriel Portella

Edição: Ruy Lessa

Efeitos Sonoros: Ruy Lessa

Texto: Fredyson Cunha

Agradecimentos: à Sabrina Flechtman e aos funcionários do Edifício Piauí.

 

 
 
 
 
 
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“A folha que a Jurema tem, mata e cura também"A toca de folhas e o cheiro das águas, o perfume do que é puro e daquilo que se aprende muito "pirralho" em nossas terras. Na Amazônia paraense se têm Seres Encantados onde o fagulho dos contos mágicos estão nos terreiros está, inclusive, no banho de cheiro dos cristãos no dia de Círio de Nazaré e nas abundâncias das moças de batom vermelho que giram morenas acaloradas pelas ruas das cidades do Pará. A cabocla Jurema é inspirada no universo mítico da oralidade da Amazônia e os seres encantados da floresta, tais como as princesas, caboclas, e os animais encantados.

A pesquisa Encantada da bailarina Vanessa Hassegawa iniciada com a Princesa de Algodoal em 2011, se apresenta agora como a cabocla Jurema, uma entidade nascida da encantaria cabocla que paira nas bordas do imaginário sincrético de nossa gente, Jurema é ao mesmo tempo a Entidade, o local transcendental donde vive a entidade e o ato de tornar-se entidade "ajuremar-se" é se encantar quando a alma da pessoa vira alma de planta e de bicho pra defender sua gente.Rezar para Jurema é se conectar a coragem e energia. É dançar na floresta resplandecendo a luz que acalenta as dores e dormir no fundo do olho d´agua...

A pesquisa Encantada tem o foco na Videodança e se traduz em três seres iluminado das Encantarias da Amazônia, tanto das florestas quanto das Encantarias urbanas: a princesinha, a cabocla e a pomba-gira, seres que inspiram a resistência feminina vibrante na nossa ancestralidade.

 

Este vídeo esteve em:

I Mostra Internacional de Dança Imagens em Movimento a Céu Aberto de Ribeirão Preto - Mostra Paralela (Ribeirão Preto-SP 2014)
Cult Dance - Dança para Tela (Brasília – DF 2014)
Mostra de Intérpretes e Criadores Solos Núcleo Pedro Costa (SP - 2014)
Festival Internacional de Videodança da Amazônia - Miva (AM - 2013)
Festival de Videodança de São Carlos (SP - 2013)

 

Ficha Técnica:

Direção de Vídeo/ Edição: Rodolfo Medonça

Assistente de Direção: Raquel Minervino

Fotografias: Fabio Hassegawa

Produção: Bela do Lago

Composição de Movimento: Coletivo Las Caboclas

Bailarina: Vanessa Hassegawa

Trilha Sonora: Ken Bryce- A Walk in The Forest/ Keijo- Home in The Forest

Locação: Fazenda Alvorada/ Santa Izabel-PA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando as bailarinas Renata Daibes e Vanessa Hassegawa desembarcaram em São Paulo, esperavam de tudo, menos a sensação a que estavam habituadas desde que botaram os pés no mundo. Antes de saírem de Belém, Pará, imaginavam o clima frio, comparando ao inigualável quente e úmido amazônico que, não raro, oferece a previsível chuva no fim de tarde.
Sabiam que lidariam com imprevistos, mas a gota de suor que escorre pela testa, a camiseta que gruda nas costas quando o bafo sobe pelas calçadas da Avenida Paulista – isso não.
O mormaço está no DNA daqueles que vivem na linha do Equador. E conviver com o clima quente e úmido está também entre as exigências da capital paulista. As intérpretes-criadoras passaram a reparar nos corpos dos habitantes formam cidades diferentes, mesmo com sensações parecidas. O pedido de passagem, a luta por um lugar no aglomerado, a tentativa de se comunicar ou barrar um contato físico, foram os elementos para desenvolver a coreográfia deste projeto.
Assim nasceu o videodança Mormaço, produzido em São Paulo pelo recém-criado Coletivo Las Caboclas. A pesquisa parte da ideia que o movimento urbano – ou estética urbana – só se constrói a partir do movimento que as pessoas propõem num espaço. Ambas as cidades têm uma relação de movimento entre si, através do multiculturalismo devido aos fluxos migratórios.
As bases se sustentam em estudos de dança e pesquisadores do corpo como Ivaldo Bertazzo, Rudolf Von Laban e Jacques D'Amboise, além do neurologista Paul Schilder. Na obra deste, A imagem do Corpo, o corpo humano é organizado sob o princípio que o divide em três categorias: corpo, personalidade e mundo – sob os aspectos fisiológicos, libidinais e sociais. Assim, o movimento é resultado da vivência no contexto social das grandes cidades, utilizando essas três categorias.
O desenho do corpo curvado, dos cotovelos que se encontram com os joelhos enquanto o homem se senta à espera do ônibus. O café para tirar o sono, ingerido antes que esfrie. A coreografia da pressa para voltar para a casa, antes que chova. Dos braços e pernas cruzadas. Os olhos atentos aos letreiros. Do corpo que se curva no banco para acompanhar as linhas de um livro que descansa no colo. Do som da paciência que se esgota e dos celulares que tocam. A rigidez dos dedos entrelaçados. O cheiro do pão-de-queijo. A fumaça, o escapamento, o breque. O relógio sobre a fila que se forma. O inevitável confronto.
O urbano é o movimento entre as explosões dos corpos que o constroem.

 

Este vídeo esteve em:

I Mostra Internacional de Dança Imagens em Movimento a Céu Aberto de Ribeirão Preto - Mostra Paralela (Ribeirão Preto-SP 2014)
II Encuentro Inter - Escenico El Sotano (Mérida, México - 2013)
Festival Internacional de Videodança da Amazônia (AM - 2013)
II Festival Internacional Cuerpo Digital Videodanza e Nouvas Tecnologias (La Paz, Bolívia - 2012)
Festival Internacional de Vídeo e Dança - Dança em Foco (RJ - 2012).

 

Ficha Técnica:

Intérpretes Criadoras: Renata Daibes e Vanessa Hassegawa
Direção Artística e Movimento: Fredyson Cunha
Figurino: Acervo Las Caboclas
Fotos: Fred Linardi 
Produção: Coletivo Las Caboclas
Direção de Vídeo: Ruy Lessa
Edição: Ruy Lessa
Efeitos Sonoros: Ruy Lessa
Textos: Fred Linardi

Agradecimentos:
Gabriel Portella
Anderson Ferreira
Ronaldo ALves
Fabracor http://www.fabracor.com.br/
Aos transeuntes do Terminal Vila Mariana

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 

 

 

 

 

 

Inspirada no universo mítico da oralidade da Amazônia paraense e os seres encantados da floresta como as princesas, caboclas, e os animais encantados, a pesquisa Encantada teve início através da lenda da princesa de Algodoal, o ser imaginário que vive seis meses em forma de mulher e seis meses em forma de cobra encantada.
Vista como um dos seres protetores daquela ilha, a princesinha se faz onipresente seja pregando peças em quem a desafia, seja nas noites de luar em que surge resplandecente.
"A Princesa ganhou mais um lindo farol quando ele relampeia molha a praia do lençol/ quando ele relampeia Mocooca e Marudá o farol é da Princesa, na praia de Algodoal. " (Carimbó da Princesa- Autor Chico Braga e grupo Nativos do Canal).

 

Este vídeo esteve em:

I Mostra Internacional de Dança Imagens em Movimento a Céu Aberto de Ribeirão Preto - Mostra Principal (Ribeirão Preto-SP 2014)
Cult Dance - Dança para Tela (Brasília – DF 2014)
Festival Internacional de Vídeo e Dança - Dança em Foco (RJ - 2014).
Mostra de Videodança na Janela (PR - 2014)
Mostra de Intérpretes e Criadores do Núcleo Pedro Costa (SP - 2014)
Mostra Internacional de Videodança da Amazônia (AM - 2013)
Festival de Videodança de São Carlos (SP - 2013)
2 Lugar no Festival de 1 Minuto Carne Moída (SP 2011) 

 

Ficha Técnica:

Direção de Vídeo: Ruy Lessa
Edição: Ruy Lessa
Intérprete Criadora: Vanessa Hassegawa
Trilha Sonora: Garage Band
Produção: Coletivo Las Caboclas
Local: Ilha de Algodoal-PA, janeiro de 2011

BRISA
Em breve:
JUREMA
MORMAÇO
ENCANTADA: PRINCESA DE ALGODOAL

 

 

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